Publicado em: 03/06/2008 14:26 | Autor: Dep. de Comunicação

Coleta seletiva dependerá de cooperação da comunidade


Whatsapp

 

A questão ambiental ultimamente está se distanciando dos meios científicos para se tornar pauta de conversas informais entre leigos. Além da poluição, causadora do famoso efeito estufa, o lixo é outro fator preocupante que contribui para a degradação do planeta.

Afora a questão ambiental é importante lembrar que muitas pessoas ainda sobrevivem separando materiais nos lixões sem qualquer tipo de proteção.

Ciente deste fato a Prefeitura de Jacarezinho inicia um projeto piloto, que está sendo estudado há algum tempo, referente à coleta seletiva. Parte desta realização se concretizou no sábado, 31, com a chegada ao município de nove equipamentos que serão destinados a uma “Cooperativa de Reciclagem” responsável pela separação e comercialização do lixo reutilizável (metal, papel, vidro e plástico).

O valor total dos equipamentos é de R$ 64.555,00 sendo que nenhum centavo saiu dos cofres da Prefeitura. A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) fez a doação como forma de compensar a área alagada pela construção da Barragem do Rio Paranapanema.

Para a Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico, Nádia Cussolin, “este é um importante passo para atingirmos a meta de 100% do lixo separado, mas para isso é fundamental que a população entenda a importância do projeto”.

O futuro coordenador da Cooperativa, Leonardo Costa, complementa salientando que “além da questão ambiental existe a social também. Com a cooperativa nós poderemos resgatar as famílias proporcionando melhores condições de trabalho”.

Atualmente 22 famílias trabalham no lixão do município, que recebe cerca de 20 toneladas de lixo (sem qualquer tipo de separação) por mês.

A Prefeitura vai disponibilizar, além do coordenador, serviços de acompanhamento em assistência social, saúde e educação para os cooperados. A renda média prevista deve ser de R$ 400, inicialmente, o que se equipara ao que os catadores conseguem mensalmente, trabalhando em péssimas condições.

 

Três fases

 

A reciclagem não começa na cooperativa e sim, em casa, onde o lixo é “fabricado”. Portanto vai depender de toda população que o processo de reciclagem dê certo. Para isso a Prefeitura já iniciou a campanha de divulgação do caminhão autopropelido, que será responsável pela coleta desse lixo específico. O equipamento visitou as escolas com intenção de gerar o debate e fazer das crianças agentes multiplicadores da informação.

O material recolhido será levado ao barracão da cooperativa, em frente ao Batalhão da Polícia Militar.

Já o lixo orgânico será levado normalmente ao depósito onde será compactado pelo trator aterro. Ambos os equipamentos (caminhão e trator) já foram adquiridos.

Segundo Leonardo, nos cerca de 1000 municípios que possuem sistema de coleta seletiva no Brasil, os níveis de separação chegam a 50 ou 60%, o que seria a meta inicial do projeto.

Futuramente será comprada ainda uma máquina responsável pela trituração do lixo orgânico, que deve facilitar ainda mais a absorção deste material pelo meio ambiente e prolongar a vida útil do aterro sanitário.

 

Coleta seletiva plena só será possível com a participação de toda comunidade

Cooperados terão acompanhamento da assistência social, educação e saúde